Terceiro dia de terapia: É conveniente para você?

Continuando essa história de auto-estima, que certamente gera vários posts.

Construir quem você é, no que você acredita, qual a sua moral, quais as suas atitudes, o que você crê, o que você consegue fazer bem, o que você não é tão bom assim, as suas virtudes e fracassos é trabalho para uma vida toda. E é coisa que surpreende a gente.



Às vezes, o sujeito tem tudo pensado em relação a como agir numa determinada situação e chegando lá, vivendo, parece que não é ele...às vezes acaba sendo muito melhor que o planejado, já outras surpreendentemente pior.

E aí depois vem aquele sentimento de não saber que é capaz disso ou daquilo.

Êta sentimentozinho surpreendente esse de se dar conta que é capaz de fazer certas coisas que nem tinha ideia.

Têm certas situações que a sensação é maravilhosamente estranha. Vou explicar. Por exemplo, quando se é mãe ou pai, dizem que a pessoa se torna outra, faz qualquer coisa para defender e preservar seu filho. Um sentimento que muitas pessoas compartilham depois de ter filhos. E é engraçado porque é muito visível...algumas vezes acarreta numas atitudes bem incoerentes e exageradas de pais desesperados, meio cegos diante da situação. Aí eu penso, faz parte da natureza de um pai ser incoerente, né? Não é possível...deve ter algum fator protetor em ser assim, praticamente todos os pais ficam assim, né?

E para falar a verdade, acho que esse amor incondicional dos pais acaba influenciando muito na construção da auto-estima dos seus filhos. Se é incondicional ao pé da letra, acaba ajudando a desenvolver filhos um tanto avesso à críticas (afinal, ele é maravilhoso...e na pior das hipóteses, sempre terá alguém -os pais - pronto para resolver o que for para ele). Se é incondicional, mas na verdade com certas condições, é errante por não ser coerente. Mas sabe, tenho aprendido com a vida que essa coisa de ser o tempo todo coerente nem sempre é o melhor caminho.

Acho que a resposta é optar pelo CONVENIENTE. Ser conveniente no sentido de utilidade e de decoro, de respeito de si mesmo e dos outros. E não no sentido mais popular e pejorativo.
Bom, agora entramos numa questão que me leva a outro assunto, digo, a outro post.

Mas por hoje o tempo acabou, semana que vem continuamos.

Até lá! :)

Comentários

  1. Adorei o post!! Pq ser dicotomico ?? Certo ou errado, tudo ou nada, coerente ou instável...

    Adorando essas leituras!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, eu estou simplesmente adorando os seus comentários também!!

      Excluir
    2. Carla, verdade!! Acho que procuramos nos "encontrar" nessa dicotomia, acho que é um jeito de nos definirmos para os outros e para nós mesmos...As pessoas (aparentemente) ficam mais interessantes com seus esteriótipos bem definidos...Mas vou te dizer que depois que eu aprendi que essa dicotomia mais me atrapalhava do que ajudava, e resolvi optar pelo "conveniente", não foi tão fácil me remodelar, me reinventar e passar a responder muitos "não sei, pode ser que sim, pode ser que não, depende..." hahaha

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O que você faz quando ninguém está olhando?

"Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar..."

Finja até que você se transforme!