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Mostrando postagens de novembro, 2012

Terapia Cognitivo-Comportamental

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Bom, falei, falei, agora vou explicar melhor. O que é essa tal de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)? Já havia explicado em outro post como funciona na psicologia, né? Dentro da psicologia clínica tem várias linhas de pensamento (abordagens, tipos), e uma delas é a TCC. Até aí, ok, fácil de entender. Mas se existem várias linhas, significa que nem os próprios psicólogos chegaram a um consenso de como entender o ser humano. É por aí mesmo.  A Psicologia é uma ciência muito nova, muito rasa ainda. Temos muito o que estudar e entender ainda. Por isso, é tão importante a pessoa se envolver no processo da escolha de seu terapeuta, pesquisar sobre a linha, pois de certa forma você está buscando uma orientação de como será apresentada a vida, as relações, as emoções (etc etc etc) para você. Acho que um jeito simples de entender a TCC é essa historinha que sempre conto para os meus pacientes logo no início da terapia: Imagina que nós dois estamos caminhando no calçadão da praia, dando

Eu quero ser zen! :)

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Melhor fazer Yoga ou um esporte do que ir a um psicólogo. Pode ser. Pode ser mesmo.  Uma das atividades mais estudadas, atualmente, dentro da Psicologia é a meditação. Os psicólogos do mundo inteiro estão fascinados com os efeitos benéficos do controle da nossa mente através da respiração e da interação mente e corpo. Os orientais já sabem disso há séculos, né? E agora os ocidentais estão tentando aculturar a meditação para nosso estilo de vida, pois acho pouco provável que alguém que trabalhe 10hs por dia, ainda tenha gás para chegar em casa e fazer todo aquele passo a passo da meditação. Mas funciona, pode crer! Para os mais céticos, já há pesquisas científicas demonstrando os benefícios. Para os mais abertos, basta se inscrever num curso de meditação (no Rio tem vários) e você vai sentir na pele, ou na cabeça ;). Então, eu concordo sim, que fazer Yoga ou meditação pode acrescentar muito no seu dia a dia. E o bom é que depois que você aprender, você passa a fazer sozinho (ah, a T

Amigos, amigos, terapia à parte

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Ta í  um assunto que eu gosto muito de discutir: Porque procurar um psicologo e  não um amigo para dividir os problemas?  Bom, primeiro de tudo acho que existem situações que não precisam ser discutidas, como por exemplo quando a pessoa sente alguma coisa exagerada, fora do normal dela. Quem  é  ansioso sabe muito bem que  é  ansioso (de repente da outro nome pra isso, mas entende o que sente), mas se a pessoa começa a ter uns ataques de medo em que acha que vai morrer, desmaiar e acaba ficando mais preocupado ainda, não há duvidas que um psicologo (Cognitivo-Comportamental) poderá ajuda-la. E o mais importante, ajudará a prevenir que isto não evolua para uma doença psicológica de fato. Fico tao feliz quando um paciente me procura depois de ter tido 2 ou 3 ataques de ansiedade, e não depois de 2, 3, 5 anos de Panico e Depressão. Fica tudo mais fácil para todo mundo. Para mim (pois meu trabalho será muito mais simples e pontual), para a pessoa (a maior beneficiada! Sofre menos tempo

Fazer ou não fazer [terapia], eis a questão...

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Finalmente, você resolveu colocar todas as suas angústias para fora e resolver de uma vez por todas sua vida.  "Peraí, peraí...será que é isso mesmo?! Sem dúvida alguma, foi um passo importante procurar ajuda profissional, mas porque não conversar com aquele amigo mais equilibrado, que sempre me dá bons conselhos, me conhece muito melhor que qualquer desconhecido com um diploma...Porque não sentar num barzinho, tomar uma gelada, conversar sobre a vida, pedir um apoio, uma palavra amiga àqueles que me conhecem e me querem tão bem?! Ao invés disso, tô eu inventando mais um compromisso (semanal!!Como se não bastasse tudo o que já tenho que fazer!), vou gastar uma grana (e não é pouco dinheiro...tanta coisa eu poderia comprar com esse dinheiro!!), e ainda nem sei se vou gostar...sei lá, que dúvida!!" Dúvidas e mais dúvidas surgem na cabeça daqueles que ainda não estão certos sobre a decisão de iniciar ou não a terapia, aí vão as mais frequentes que ouvi dos meus pacientes:

Google it!

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Eu falei que era importante pesquisar sobre a linha e o profissional, mas não indiquei o caminho das pedras, né? Alguns detalhes são importantes nesta pesquisa. Você até pode dar uma olhada geral no Google, uma pesquisa básica que todos nós fazemos, mas é bem possível que apareça o perfil do Twitter e do Facebook do profissional. Que pode ser uma fonte de pesquisa, caso ele use estas ferramentas também profissionalmente, mas não é a melhor maneira de pesquisar. A informação primária que você deve informar-se é o Registro Profissional do Psicólogo , chamado CRP (número de inscrição no Conselho Regional de Psicologia ). É essencial, e é lei, que o psicólogo tenha registro ATIVO no CRP da cidade onde atua. Mesmo que você decida fazer Orientação Psicológica online, (vou falar bastante sobre Orientação Psicológica online em algum outro post!), ainda sim, o psicólogo deve ter inscrição ativa no CRP de sua cidade. Já ouvimos casos de várias pessoas mal intencionadas, e até "famosinh

"Me liga, Me liga..." Ligando para o Terapeuta

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Você pesquisou e decidiu ligar para a Psicóloga, o que falar no telefone? Primeiro o básico mesmo, dizer que foi indicado ou encontrou o número em tal lugar e gostaria de marcar uma consulta. Ao telefone você já tem uma bela oportunidade de confirmar a linha em que a terapeuta atua (Por exemplo: Você é Terapeuta Cognitivo-Comportamental?), perguntar sobre valores (preço, honorário, quanto cobra...tudo a mesma coisa), o tempo de consulta, disponibilidade de horários e endereço. Isso tudo você também poderá perguntar a secretária, caso o telefone não seja direto o da psicóloga. Neste primeiro momento é importante que você saia com essas 3 informações : Confirmação da abordagem que o terapeuta atua ; Valor da consulta ; local de atendimento . Caso você decida marcar a consulta : horário marcado .  Existe uma outra situação também, bastante comum, que é quando o Psiquiatra encaminha a pessoa para um terapeuta que ele trabalha. Geralmente, olhamos isso com bons olhos, mas é importante

Freud explica...ou não! Escolhendo o terapeuta...

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Quando você vai se consultar com um psicólogo pela primeira vez, algumas dúvidas aparecem. Normal. Aliás, super normal alguém ir ao psicólogo, isso não quer dizer que você seja  maluco(a), ok? Deixa eu te esclarecer melhor: um psicólogo fez uma faculdade de 5 anos (de Psicologia) e se está oferecendo atendimento psicoterápico (atendimento clínico, terapia, análise, psicoterapia), muito provavelmente fez algum curso específico da abordagem (linha, tipo, orientação) que decidiu seguir para o seu entendimento sobre saúde mental (bem-estar psíquico, emoções, alma ou coisas da cabeça). O nome que você vai chamar pouco importa, mas confunde, porque cada um chama de um jeito.  Então,  a primeira coisa para você descobrir  é  qual linha seu terapeuta atua, dar uma pesquisada, experimentar e ver se você se adapta ou não a ela.  A segunda  é  ver se você se adapta ao seu terapeuta. Algumas pessoas gostam de profissionais mais reservados, outras de mais rígidos, ou de mais informais, mais ve

"Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar..."

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Sempre fui um tanto (!) cética, sempre me baseando no lema "confiar, desconfiando". Confesso, que esta tática, na maioria das vezes se mostrou bem útil, difícil de pôr em prática, mas uma maneira de lidar com as expectativas, ou melhor com as consequências das expectativas. Enfim, esse papo de expectativas gera um outro post, outro dia. Mas então, voltando ao meu ceticismo. Comecei a fazer um estágio na faculdade de Psicologia, com aquele senhor branquinho, barrigudinho, de óculos e sorriso fácil no rosto, o Bernard Rangé, que comentei outro dia. Vim a saber que o Rangé, é uma das grandes personalidades que contribuíram para a Terapia Cognitivo-Comportamental no Brasil. E olha que sorte a minha, ele dava aula na UFRJ e ainda dava um estágio em clínica. Bom, corri atrás de fazer a matéria dele, requisito para poder se inscrever no estágio e decidi fazer a prova para concorrer a vaga de estágio. Aquilo tudo, toda a matéria a ser estudada, era natural, fácil de ser absorvida, po

A vida é simples?

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Foi lá pelo 7o. período da faculdade de Psicologia que descobri que o jeito que eu pensava e lidava com meus "problemas" pessoais tinha nome e sobrenome. Hum, como assim?! É, as técnicas que eu usava naturalmente (não sei como eu as aprendi), são técnicas ensinadas num tipo de psicoterapia chamada Terapia Cognitivo-Comportamental. Lembro bem de um dia estar estudando para uma matéria da faculdade, ministrada por um senhor branquinho, barrigudinho, de óculos, sempre com um sorriso leve no rosto, chamado Bernard Rangé, e de repente me dar conta que ali estava descrito um "passo a passo" que eu fazia desde a adolescência para me ajudar com meus mil afazeres do colégio e ansiedade. Ah, deixa eu explicar melhor esta parte. Sempre curti fazer umas listinhas. Achava mais fácil de organizar minha vida, as tais coisas que eu TINHA QUE FAZER e as coisas que eu DESEJAVA FAZER. A verdade é que mesmo sendo adolescente, eu não tinha tempo para tudo (depois de adulta percebi q

My cup of tea

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Taí uma coisa que eu gosto de fazer: ler, pensar sobre e escrever (falar sozinha sobre o assunto também rola). Às vezes eu fico viajando nos meus pensamentos imaginando como devia ser a vida daqueles poetas que morriam cedo, tuberculosos. Nos dias de hoje, quem pode se dar ao luxo de buscar inspiração dando uma volta pela cidade, sentando num bar para bater papo furado, desfrutando de uma vida boêmia e porque não dizer "ficar de vagabundagem", e depois sentar e discorrer...escrever, criar... Nos dias de hoje, como comentou meu sogro como um de seus desejos atuais, o sujeito espera se aposentar do trabalho "real" para aí sim, ter o privilégio de sentar e divagar...e escrever...e criar. Então, aí entro eu nessa história: escrever era uma coisa que eu realmente gostaria de fazer, mas sempre achei que não tivesse tempo disponível para isso, continuava só pensando nos textos na minha cabeça e compartilhando algumas dessas idéias com meus pacientes durante as discussões

Capitão De Indústria

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"Ah, Eu acordo prá trabalhar Eu durmo prá trabalhar Eu corro prá trabalhar" Capitão De Indústria - Paralamas do Sucesso Falando de Psicologia, que é uma das poucas coisas que eu entendo nessa vida... Volta e meia alguém solta o célebre (e não original) comentário para mim: "Ah, mais isso é porque você é psicóloga". Não, não é isso! Eu sou psicóloga justamente porque eu, muito antes de fazer faculdade, já via o mundo e me posicionava diante das coisas da minha vida de um jeito mais compreensível (comigo mesma e com os outros) que as outras pessoas. Enfim, o que quero dizer é que a profissão me escolheu.  Na minha família não há médicos, psicólogos, ninguém que tenha trabalhado na área de saúde...Pra falar a verdade, essa história de gente formada, com diploma, na minha família é mais recente. Ou seja, não foi por tradição familiar, por achar uma profissão feminina ou por querer me entender (gente, por favor, tenho que dizer para quem fala isso: &qu

Poeminha do Contra

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POEMINHA DO CONTRA Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho! "  Mario Quintana Acho que para começar o blog nada melhor que este poeminha do contra que resume muito da minha atitude na vida :)