Capitão De Indústria

"Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar

Falando de Psicologia, que é uma das poucas coisas que eu entendo nessa vida...Volta e meia alguém solta o célebre (e não original) comentário para mim: "Ah, mais isso é porque você é psicóloga". Não, não é isso! Eu sou psicóloga justamente porque eu, muito antes de fazer faculdade, já via o mundo e me posicionava diante das coisas da minha vida de um jeito mais compreensível (comigo mesma e com os outros) que as outras pessoas. Enfim, o que quero dizer é que a profissão me escolheu. Na minha família não há médicos, psicólogos, ninguém que tenha trabalhado na área de saúde...Pra falar a verdade, essa história de gente formada, com diploma, na minha família é mais recente. Ou seja, não foi por tradição familiar, por achar uma profissão feminina ou por querer me entender (gente, por favor, tenho que dizer para quem fala isso: "queimação de filme, né?"), que resolvi me inscrever no vestibular de Psicologia. Eu, simplesmente, achava que Psicologia tinha a ver comigo, com o meu jeito de ser, com minhas habilidades. Depois, muito depois, discutindo com umas colegas sobre um projeto de orientação vocacional, me dei conta que meus princípios casavam perfeitamente com a decisão de exercer essa minha profissão: basicamente, sempre achei que saúde e bem-estar sempre deveriam estar a cima de outras prioridades. Quando vejo algumas pessoas (super bem sucedidas!) estressadíssimas com o trabalho, não consigo deixar de pensar: "Mas, meu Deus, tudo isso que a gente se submete para vender telefone celular, cigarro, computador, petróleo etc etc???... difícil não achar que tem algo errado, né? 



Comentários

  1. Oi Angélica,

    É sempre muito importante quando nos implicamos em nossas escolhas. Sem dúvida, a profissão não escaparia a esta retificação! Cada qual terá seus motivos, que geralmente são identificatórios. Assim, que não seja necessariamente porque alguém da família exerceu tal profissão, mas pelo lugar que buscamos ocupar em relação ao Outro.

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  2. É, acho que é bem por aí mesmo!!
    Esse assunto dá muito pano prá manga!! Fico sempre me colocando no lugar dos adolescentes cheios de dúvidas na época do vestibular. Não passei por isso, compreendo, consigo me colocar no lugar deles, mas não vivi na pele...Hoje, já tendo uma profissão, vejo que este "tendo" uma profissão se transformou em "sendo"...há vezes que acho que precisa ser assim, há vezes que acho que não...

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