Gabi e Malafaia [Polêmica da semana]
É gente, essa semana foi tanto bafafá por conta da entrevista do pastor Silas Malafaia na Gabi (De frente com Gabi no SBT), que eu resolvi fazer o post da semana sobre este assunto.
Para ser sincera, de verdade mesmo, não gosto muito de ficar discutindo sobre a relação conturbada que presenciamos entre os temas religião e homossexualidade.
Não gosto de falar disso porque acho de uma mesquinharia emocional sem tamanho alguém se propor a levantar bandeira contra cidadãos (sejam homossexuais e/ou religiosos) que cumprem com seu papel perante a sociedade.
Mas como psicólogo não consegue ficar calado, vamos lá.
Para quem ainda não viu a entrevista, segue o link: Entrevista Malafaia na Gabi SBT Fev/2013
O comentário mais relevante que tenho a fazer sobre a entrevista é:
Se homossexualidade tem raízes fundamentalmente genéticas ou não, em que isso altera ou determina a maneira que vou lidar com um cidadão homossexual?!!!
Sim, a questão essencial não foi discutida pela entrevistadora e não foi, em nenhum ponto, exposta pelo entrevistado.
As pessoas estão nas redes sociais discutindo a oratória do pastor, a falta de ação da apresentadora, e o importante passa despercebido, infelizmente.
O que importa mesmo nessa polêmica toda é aproveitar a situação para pensarmos no direcionamento que a sociedade deve tomar frente a minorias.
Frente a minorias que não se adaptam às regras da sociedade, o que fazer, como e quando punir?
E quanto a minorias que cumprem seu papel social, trabalham, contribuem para o imposto de renda, consomem, seguem as leis, são produtivos, compartilham valores familiares, respeitam o próximo, porém... beijam, abraçam, transam e/ou amam pessoas do mesmo sexo? O que fazer, qual o direcionamento?
Discutir sobre o que é moral, isso sim é filosófico! Nem o dicionário consegue ser sucinto ao tentar definir o que é moral. O que fazer quando a dita moral do cidadão não é compartilhada pela maioria dos setores da sociedade? E os direitos segurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos? E a dignidade do ser humano, fica onde?
Se um cidadão homossexual só é bem vindo a compartilhar sua fé, bondade e espiritualidade numa igreja, com a condição que seja "reorientado" (palavra usada pelo pastor) quanto aos seus desejos sexuais e amorosos... eu, sinceramente, não consigo compreender os valores que essa comunidade religiosa está disposta a oferecer aos seus fiéis no que se refere à respeito.
Se uma apresentadora, inteligente, mente aberta, só é capaz de enxergar charlatanismo no papel das igrejas evangélicas, ignorando tudo de benéfico que diversas pessoas vivenciam justamente por estarem associadas a uma fé e a uma igreja...eu, sinceramente, desconfio que ela não seja a profissional ideal para conduzir uma entrevista com temas de tamanha importância para o público.
O interessante mesmo seria estarmos discutindo e comentando no Facebook que atitude seria mais adequada ao lidarmos com uma pessoa, que além de todas as questões que um heterossexual vivencia - família, amigos, trabalho, férias, motivação, desmotivação, crises existenciais, problemas emocionais, dinheiro, saúde, sonhos, tranquilidade etc etc etc - ainda precisa se preocupar com o seu papel moral diante da sociedade que vive.
Responsabilidade social é uma atitude que infelizmente o povo parece ignorar...mas um dia a gente chega lá...
Para ser sincera, de verdade mesmo, não gosto muito de ficar discutindo sobre a relação conturbada que presenciamos entre os temas religião e homossexualidade.
Não gosto de falar disso porque acho de uma mesquinharia emocional sem tamanho alguém se propor a levantar bandeira contra cidadãos (sejam homossexuais e/ou religiosos) que cumprem com seu papel perante a sociedade.
Mas como psicólogo não consegue ficar calado, vamos lá.
Para quem ainda não viu a entrevista, segue o link: Entrevista Malafaia na Gabi SBT Fev/2013
O comentário mais relevante que tenho a fazer sobre a entrevista é:
Se homossexualidade tem raízes fundamentalmente genéticas ou não, em que isso altera ou determina a maneira que vou lidar com um cidadão homossexual?!!!
Sim, a questão essencial não foi discutida pela entrevistadora e não foi, em nenhum ponto, exposta pelo entrevistado.
As pessoas estão nas redes sociais discutindo a oratória do pastor, a falta de ação da apresentadora, e o importante passa despercebido, infelizmente.
O que importa mesmo nessa polêmica toda é aproveitar a situação para pensarmos no direcionamento que a sociedade deve tomar frente a minorias.
Frente a minorias que não se adaptam às regras da sociedade, o que fazer, como e quando punir?
E quanto a minorias que cumprem seu papel social, trabalham, contribuem para o imposto de renda, consomem, seguem as leis, são produtivos, compartilham valores familiares, respeitam o próximo, porém... beijam, abraçam, transam e/ou amam pessoas do mesmo sexo? O que fazer, qual o direcionamento?
Discutir sobre o que é moral, isso sim é filosófico! Nem o dicionário consegue ser sucinto ao tentar definir o que é moral. O que fazer quando a dita moral do cidadão não é compartilhada pela maioria dos setores da sociedade? E os direitos segurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos? E a dignidade do ser humano, fica onde?
Se um cidadão homossexual só é bem vindo a compartilhar sua fé, bondade e espiritualidade numa igreja, com a condição que seja "reorientado" (palavra usada pelo pastor) quanto aos seus desejos sexuais e amorosos... eu, sinceramente, não consigo compreender os valores que essa comunidade religiosa está disposta a oferecer aos seus fiéis no que se refere à respeito.
Se uma apresentadora, inteligente, mente aberta, só é capaz de enxergar charlatanismo no papel das igrejas evangélicas, ignorando tudo de benéfico que diversas pessoas vivenciam justamente por estarem associadas a uma fé e a uma igreja...eu, sinceramente, desconfio que ela não seja a profissional ideal para conduzir uma entrevista com temas de tamanha importância para o público.
O interessante mesmo seria estarmos discutindo e comentando no Facebook que atitude seria mais adequada ao lidarmos com uma pessoa, que além de todas as questões que um heterossexual vivencia - família, amigos, trabalho, férias, motivação, desmotivação, crises existenciais, problemas emocionais, dinheiro, saúde, sonhos, tranquilidade etc etc etc - ainda precisa se preocupar com o seu papel moral diante da sociedade que vive.
Responsabilidade social é uma atitude que infelizmente o povo parece ignorar...mas um dia a gente chega lá...
Comentários
Postar um comentário