Música produz bem-estar, acalma a mente e ajuda pacientes
Gisele Bortoleto
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Mais de 15 hospitais recebem apresentações da Orquestra da Unesp pelo projeto “Música nos Hospitais”, idealizado pela Associação Paulista de Medicina (APM).
Não é por acaso que ela é uma das expressões de sabedoria popular mais conhecidas: “música para os ouvidos”. Música é uma combinação de sons rítmicos, harmônicos e melódicos, e muitos povos, através da história, acreditavam em seu efeito medicinal. A música tem sido utilizada de forma terapêutica por séculos e existem numerosos exemplos dos poderes curativos e preventivos da música, em vários documentos históricos, de diferentes culturas.
Achados arqueológicos mostraram que o homem primitivo doente usava a música como uma forma de acalmar os deuses. Os egípcios, em torno de 1500 a.C., achavam que a música poderia aumentar sua fertilidade. Enquanto gregos e romanos acreditavam na harmonia do corpo e da alma através da música.
Os filósofos gregos Aristóteles e Platão há séculos já sabiam que a música pode, sim, afetar a saúde das pessoas. Mas essa relação só foi estudada a fundo bem mais tarde, após 1940, quando, no fim da Segunda Guerra Mundial, músicos foram chamados para tocar em hospitais e ajudar no tratamento dos feridos. A experiência deu certo. Médicos norte-americanos decidiram, então, habilitar profissionais para utilizar a música como terapia. Ao que, em 1944, surgiu o primeiro curso de musicoterapia, na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos.
A partir daí, correu o mundo com a mesma velocidade que as pesquisas que são realizadas até hoje para comprovar sua eficácia e incentivar sua aplicação na busca de uma medicina mais humanizada. Um estudo feito pela Arts and Quality of Life Research Center, na Filadélfia, nos Estados Unidos, comprovou que a música reduz as taxas de respiração e de batimentos cardíacos. O estudo mostrou que pacientes com doença arterial coronariana encontraram benefícios em ouvir música, como a redução da pressão sanguínea e da ansiedade.
Médicos também observaram que tocar música clássica enquanto operam seus pacientes pode beneficiá-los tanto que até o período de recuperação é mais rápido. Um estudo feito no Hospital John Radcliffe, em Oxford, Reino Unido, encorajou os pacientes a ouvir peças de Beethoven, Vivaldi, Bach e Frank Sinatra durante as cirurgias. Um total de 96 pacientes submetidos a pequenos procedimentos foram divididos aleatoriamente para participar de operações com música ou silêncio. Todos estavam acordados durante as cirurgias, que incluíram a remoção rotineira de lesões na pele e a limpeza de feridas em membros superiores após acidentes.
A metade dos pacientes que ouviu música clássica durante sua operação relatou níveis de ansiedade mais baixos e respiração mais lenta do que os demais. “Ser submetido a uma cirurgia pode ser uma experiência estressante para os pacientes, e encontrar maneiras de torná-los mais confortáveis deve ser nosso objetivo como clínicos”, disse o cirurgião plástico Hazim Sadideen, que liderou o projeto.
O trabalho, segundo ele, foi a primeira tentativa feita para medir o impacto da música neste grupo específico de pacientes, ressaltando a necessidade de maior investigação para determinar se a música deve tornar-se parte da prática médica comum.A musicoterapia, dizem as mais recentes pesquisas, é capaz de beneficiar os pacientes antes, durante e depois dos procedimentos cirúrgicos, diminuindo a angústia, a percepção da dor, a quantidade de anestésicos e o tempo de restabelecimento. A confirmação desta vez veio da Universidade de Kentucky, também nos Estados Unidos. As canções, segundo o estudo, devem ser escolhidas por um profissional especializado, embora o gosto do paciente também deva ser levado em conta.
Efeito em crianças
Um estudo feito em 2005 pela cardiologista pediátrica Thamine Hatem, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), demonstrou o efeito terapêutico da música em crianças em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Em um ensaio clínico, foram avaliadas 84 crianças e jovens, com faixa etária de 1 a 16 anos, nas primeiras 24 horas após a cirurgia, submetidas à sessão de 30 minutos de musicoterapia. A conclusão do trabalho mostrou a regularidade de sinais vitais nos pequenos pacientes, como frequência cardíaca e respiratória, melhora do consumo de oxigênio, bem como redução na dor.
“O estudo mostrou que há um número considerável de artigos que demonstram o efeito positivo da música na medicina, indicando que a música é uma importante aliada no combate dos agravos da saúde e parceira inseparável na busca de uma medicina mais humanizada”, diz a médica.
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Em dez anos, público (médicos e pacientes) passa de 30 mil
Projeto adota música nos hospitais
No Brasil, a atividade é incentivada por entidades médicas. Um projeto, o “Música nos Hospitais”, idealizado pela Associação Paulista de Medicina (APM), em 2002, surgiu com o objetivo de levar uma orquestra para se apresentar no principal ambiente de trabalho do médico. No início, com o nome “Música ao meio-dia”, os concertos eram realizados pela Orquestra da Unesp, nos auditórios das instituições de saúde. Em 2004, a orquestra foi definitivamente contratada e as apresentações passaram a ser feitas nos pátios, recepções e demais locais de fácil circulação dentro dos hospitais - inclusive nos andares de internação.
Aproximadamente 30 mil pessoas, entre médicos, funcionários, pacientes e visitantes já participaram dos concertos. Cada hospital passa por uma visita técnica antes de integrar o roteiro do projeto. Por ano, mais de 15 deles recebem a apresentação da orquestra, em diversas cidades do Brasil. A maioria está em São Paulo, mas outros estados já foram contemplados.
Mente calma A música, assim como a atividade física, a meditação e a contemplação ou o silêncio, acalma a mente. “E, consequentemente, diminui a produção de vários hormônios que intoxicam em excesso, como cortisol e adrenalina, aumenta a produção de endorfina e serotonina e, com isso, aumenta o sistema imunológico ativo responsável por combater células que estão crescendo em um padrão desordenado”, diz o coach e neurologista Eduardo Silva, do Centro do Cérebro e Coluna, de Rio Preto.
Na Maternidade São Luís (SP), a música está nas salas de parto, assim como no centro obstétrico. Na hora do parto, no entanto, fica a critério dos pais utilizá-la ou não. Muitos deles acabam optando por músicas às quais o bebê foi exposto durante a gestação. A prática é incentivada pelo hospital nos cursos de pré-natal.
A musicoterapia também é utilizada desde 2002 no departamento de Oncologia do Hospital Israelita Albert Eisntein (SP). A prática ajuda na resolução de conflitos emocionais e aceitação do câncer, na aderência ao tratamento, no alívio da dor e até no processo de fim de vida e elaboração do luto.
Saudade... Dizem por aí que esta palavra só nós Brasileiros temos...mas o sentimento é universal, sem dúvida. O que é saudade além de "falta"? Sentir falta de...fulano, de uma coisa, daquela rotina, de um momento ou fase boa de nossa vidas, daqueles que estão longe, dos que já partiram. Mas o que me fez parar para pensar sobre saudade não foi o sentimento em si, foi o fato de geralmente ficarmos muito vulneráveis quando saudosos. Já percebeu como isso acontece? Você terminou aquele relacionamento convicto de que é o melhor para você, não dá mais, chega. Aí passam umas semaninhas e bate aquela saudade...ih, já era! Você muda de emprego, começa uma nova experiência de trabalho, numa empresa que você sempre almejou e...passa a sentir saudade de como as coisas eram mais simples na outra empresa e que apesar de você ganhar menos, seus colegas de trabalho eram muito mais interessantes. Ai, que saudade daquele tempo. Você mal envelheceu e já incluiu no seu vocabulário a ha...
O sujeito decide finalmente começar a terapia, ligou, marcou, encaixou um horário na sua vida caótica, resolveu finalmente investir um dinheiro nele mesmo (!!) , mas e agora, o que falar? Tem tanta coisa para falar, que nem sabe onde começar...será que começa culpando a mãe, logo assim de cara?! É gente, eu preciso dizer, coitadas das mães! Há um século as coitadas vem sendo culpadas de tudo de ruim que, possivelmente, elas contribuíram para desenvolver em seus filhos. Sim, elas certamente contribuíram. Mas a gente precisa pensar um pouquinho que na maioria das histórias de vida, é ela também que esteve dia a dia compartilhando as dores e as delicias da vida de seus filhos. Mau humor a mau humor, enrolação a enrolação, chilique a chilique, insegurança a insegurança, ansiedade a ansiedade, são as mães que geralmente estão ali segurando nossa onda. Assim, temo...
Sempre fui um tanto (!) cética, sempre me baseando no lema "confiar, desconfiando". Confesso, que esta tática, na maioria das vezes se mostrou bem útil, difícil de pôr em prática, mas uma maneira de lidar com as expectativas, ou melhor com as consequências das expectativas. Enfim, esse papo de expectativas gera um outro post, outro dia. Mas então, voltando ao meu ceticismo. Comecei a fazer um estágio na faculdade de Psicologia, com aquele senhor branquinho, barrigudinho, de óculos e sorriso fácil no rosto, o Bernard Rangé, que comentei outro dia. Vim a saber que o Rangé, é uma das grandes personalidades que contribuíram para a Terapia Cognitivo-Comportamental no Brasil. E olha que sorte a minha, ele dava aula na UFRJ e ainda dava um estágio em clínica. Bom, corri atrás de fazer a matéria dele, requisito para poder se inscrever no estágio e decidi fazer a prova para concorrer a vaga de estágio. Aquilo tudo, toda a matéria a ser estudada, era natural, fácil de ser absorvida, po...
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